Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso", escreveu Vinícius de Moraes. A poesia continua atual, mas psicólogos e cientistas afirmam: mais do que paixão, é a soma de fidelidade, confiança e companheirismo que sustenta um relacionamento duradouro.
De onde vem a monogamia?
A origem das relações monogâmicas está ligada à sobrevivência dos primeiros humanos. Com filhos altamente dependentes e vulneráveis, a cooperação entre os progenitores passou a ser decisiva para a evolução da espécie.
Infográfico textual:
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Filhos humanos: cérebro grande, longo tempo de dependência.
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Monogamia: pais investem juntos nos cuidados.
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️ Resultado: maior proteção, sobrevivência e estabilidade social.
Pesquisas publicadas no PNAS confirmam que sociedades monogâmicas apresentaram menos violência masculina e maior coesão social.
Do fogo da paixão à rotina
Todos os casais atravessam fases que misturam paixão, crises e redescobertas. Reconhecê-las ajuda a compreender que mudanças são parte natural do processo.
Quadro comparativo
Fase |
Características |
Estratégia sugerida |
1. Paixão intensa |
Entrega total, desejo de agradar |
Aproveitar o momento e criar memórias positivas |
2. Fim da lua de mel |
Decepções e expectativas frustradas |
Praticar a escuta ativa e alinhar expectativas |
3. Vingança |
Ressentimento e disputas de poder |
Evitar represálias; buscar diálogo terapêutico |
4. Segurando as pontas |
Foco em filhos, casa e carreira |
Valorizar projetos comuns e dividir responsabilidades |
5. Independência |
Reconhecimento das limitações do outro |
Estimular hobbies individuais e apoio mútuo |
6. Desenvolvimento pessoal |
Aceitação, autossuficiência, cumplicidade madura |
Redescobrir o parceiro com gratidão e leveza |
Gratidão: o antídoto contra a rotina
Com o tempo, a habituação faz com que deixemos de valorizar os gestos do dia a dia. A solução pode estar em algo simples: dizer obrigado.
Um estudo da Universidade da Geórgia mostrou que casais que praticam gratidão relatam mais satisfação e têm menor risco de separação.
Dica prática: todos os dias, nomeie em voz alta um motivo de gratidão pelo seu parceiro.
O amor na maturidade
Passados os 50 anos, os relacionamentos ganham novos contornos. A busca não é mais pela conquista, mas por companheirismo e humor.
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Celso Braga, psicólogo: nesta fase, a cumplicidade importa mais do que a atração física.
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Rute Velasquez, neuropsicóloga: com filhos adultos, sobra espaço para vínculos mais leves e autênticos.
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Yuri Busin, psicólogo: novas relações são marcadas por amizade, parceria e maturidade.
Pesquisa de Harvard (estudo de mais de 80 anos): relações positivas são o maior preditor de felicidade e longevidade, acima de dinheiro ou status.
Caixa de dicas: Pequenos gestos, grandes impactos
❤️ Expresse gratidão todos os dias.
️ Crie rituais de tempo juntos — como caminhar após o jantar.
️ Converse com honestidade, mesmo sobre assuntos difíceis.
Riam juntos: o humor é um forte marcador de intimidade.
Definam projetos em comum, mas respeitem a individualidade.
O amor como construção
Não existe fórmula única. Cada casal vive ciclos próprios, atravessa crises e reinventa sua história. Mas a ciência é clara: fidelidade e companheirismo são combustíveis para transformar relações em espaços de confiança, acolhimento e felicidade compartilhada.
No fim, amar é menos sobre sentir e mais sobre construir todos os dias.
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